domingo, 15 de janeiro de 2012

Mário Figueiredo, presidente da Liga

Mário Figueiredo venceu António Laranjo na corrida à presidência da Liga de Clubes. Apoiado pela maioria dos clubes ditos mais pequenos, conseguiu vencer o candidato que reunia o apoio dos três grandes. Quem é Mário Figueiredo? De onde vem? Que projectos traz para a Liga de Clubes? O que defende?

Numa Liga cada vez menos autónoma e cada vez mais dependente da Federação, Mário Figueiredo, advogado de profissão, faz parte de um escritório (GMSSC) constituído por Gil Moreira dos Santos, advogado de Pinto da Costa no processo Apito Dourado, e Adelino Caldeira, administrador da SAD do FC Porto. Mário Figueiredo é ainda genro do presidente do Marítimo, Carlos Pereira, sendo advogado dos insulares. Parece portanto estranho verificar que não reúne o apoio dos portistas. Estranho? Talvez não. Tendo em conta que o FC Porto não apoiou Fernando Gomes para a presidência da Federação, encontramos aqui um padrão. Os interesses aparecem mascarados, há que ter atenção a estas situações.

Qunato a projectos, Figueiredo apresenta como bandeira o alargamento da Liga para 18 clubes, a renegociação e redistribuição do dinheiro dos direitos televisivos, publicidade e apostas online e a introdução de mecanismos de solidariedade aos clubes com menores capacidades financeiras. A primeira medida agrada-me e explicarei porquê noutro post, as outras duas parecem-me prejudiciais aos grandes mas mais ao Benfica que aos outros uma vez que, goste-se ou não, somos o clube que mais dinheiro consegue fazer mover.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro JNF,
Vou ficar com curiosidade em conhecer os motivos pelos quais lhe agrada o alargamento da Liga para 18 clubes. Tenho uma opinião contrária. Eu entendo que não temos população, nem espectadores para termos um campeonato com tantas equipas. E quantas mais equipas nós tivermos maior será o desnível entre elas, menor a competitividade e menor o interesse pelos jogos. Portanto, à primeira vista não vejo nenhuma vantagem. Além do mais, gostaria que qualquer alteração fosse precedida de um estudo sério de viabilidade técnico-económica.
Mas o mais grave é essas alterações poderem ter impacto já na próxima época e nenhuma das equipas da Liga Zon Sagres descer de divisão este ano. Por alguma razão, os chamados clubes pequenos foram a correr apoiar o Mário Figueiredo. Isto significará que alguns dos resultados dos jogos poderem ser falseados, propositadamente ou não. Com efeito, se uma equipa não tiver de lutar para descer, aplicar-se-á muito menos para vencer os jogos. E não descuro a possibilidade de “alguém” querer “incentivar” ou “incentivar” algumas dessas equipas a jogar de uma forma mais “acessível” com a sua equipa e de uma forma mais empenha ou aguerrida contras as equipas adversárias. Julgo que me estou a fazer entender… Ou seja, a verdade desportiva pode estar aqui em causa. Portanto, temos de ter o máximo cuidado com esta situação.
Quanto ao Mário Figueiredo, não o conheço, não conheço ninguém que o conheça, nunca o vi e, portanto, não sei de quem se trata. Fiquei agora a saber, através deste post, algumas das suas ligações profissionais e familiares. É interessante saber essas ligações, já que podem querer dizer alguma coisa.
MM